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www.portalsucesso.com.brPRA FicARDEOLHO
HÁ 22 AnoS nA MúSicA, dez deles atuando como produtor e engenheiro de som,
GABRiEL FERNANDES
tem no
currículo trabalhos com nomes sertanejos como bruno & Marrone, Fernando & Sorocaba, Thaeme & Thiago, e, mais
recentemente, Simone & Simaria. o projeto mais grandioso, porém, acabou acontecendo fora do brasil, com o reno-
mado produtor americano Michael brauer (vencedor de quatro GrAMMY Awards).
A parceria entre a dupla começou em 2012 em Avignon, na França, quando o brasileiro foi selecionado para fazer
parte do famoso seminário Mix The Masters, que, naquele ano, seria ministrado por brauer. Logo de cara, os dois tiveram
uma conexão e, por conta disso, passaram a trabalhar juntos. “Quando me conheceu, ele gostou muito de mim. com o
tempo, me tornei uma espécie de pupilo dele. Tudo o que aprendi, foi com o Michael”, conta Gabriel. Essa ponte áerea
entre os dois foi se ampliando até que, há dois anos, Gabriel Fernandes conheceu o produtor dudu borges. "Trabalhei
na gravação do hit
isso cê não conta
, de bruno & Marrone, realizada no Estúdio Vip (de dudu). durante nossas conver-
sas, o dudu acabou descobrindo minha conexão com o Michael e ficou muito animado com a possibilidade de conhe-
cê-lo. Então, marquei o encontro”. Pronto. Estava formada a parceria entre Gabriel, brauer e dudu, que resultou no
disco
Depois das 3
, de bruninho & davi.
Depois das 3
foi o primeiro projeto brasileiro em que Michael
brauer se envolveu efetivamente, atuando ora como produtor, ora
como mixador. o disco, lançado em novembro de 2015, contou
com gravações no Estúdio Vip e mixagens no Eletric Lady Stu-
dios, de brauer. “Escolhemos o bruninho & davi porque o som
deles é muito próximo do pop internacional", explica Gabriel. “
De-
pois das 3
foi um divisor de águas para minha carreira de produ-
tor e mixador, porque, depois disso, acabei produzindo outros
projetos aqui no brasil”. o mais recente deles é
Embaçar o vidro
,
single de naldo lançado em abril, que conta com a participação
de Simone & Simaria. A faixa abre a divulgação do novo disco do
cantor,
Conexões
, previsto para chegar às lojas nos próximos
meses. “Foi diferente trabalhar com um artista como o naldo, que
atua num segmento mais pop. Mas deu uma mistura boa – e
estamos muito felizes com o resultado”, comemora.
MERcADO FONOGRáFicOcREScE 5,9%
no FinAL dE AbriL, A
FEDERAçãO iNtERNAciONAL DA iNDúStRiA FONOGRáFicA
(iFPi), anunciou o balanço do mercado referente a 2016. Para surpresa geral, o período fechou
com crescimento de 5,9% em relação a 2015, o maior registrado desde 1997. A receita da in-
dústria em nível mundial foi de u$ 15,7 bilhões. Ainda de acordo com a organização, pelo segundo ano consecutivo foi mo-
dificada a tendência negativa dos últimos anos. Vale lembrar que em 2015 o avanço havia sido de 3,2%.o grande responsá-
vel por essa mudança foi o streaming e/ou serviços de música ao vivo, que chegaram a mais de 112 milhões de assinantes,
registrando aumento de 60,4%. Por sua vez, as vendas físicas caíram 7,6% e os downloads, 20,5%, em comparação ao ano
anterior. Apesar da expansão no item streaming, a cEo da iFPi, Frances Moore, afirmou que é importante contextualizar estes
resultados após 15 anos (de 1999 a 2014), nos quais a indústria perdeu quase 40% de suas receitas.
Por mercados, a América Latina foi, pelo sétimo ano seguido, a região a apresentar maior crescimento, com 12%, enquan-
to que na Ásia e Austrália o aumento foi de 5,1% e, na Europa, de 4%. A América do norte regis-
trou uma alta de 7,9%, uma melhora considerável em contraste aos 1,4% que havia apresentado
em 2015. considerando todos os países cobertos pela iFPi, os álbuns mais vendidos de 2016
foram, tanto em formato físico como digital,
Lemonade
(Beyoncé)
, com 2,5 milhões de cópias,
seguido por
25
(Adele), com 2,4 milhões, e
Views
(drake), com 2,3 milhões. Já as canções mais
escutadas através de streaming foram
One Dance
(drake), com 12,5 bilhões de reproduções;
Love yourself
(Justin bieber) e
Closer
(The chainsmokers), ambas com 11,7 bilhões.
o relatório voltou a criticar, como havia feito na edição de 2015, a distorção existente no mer-
cado digital, o que denomina "lacuna de valor", pela qual os artistas e gravadoras não recebem
uma justa remuneração por seu trabalho e pela qual se beneficiam plataformas como YouTube.
Assim, a iFPi denunciou que, enquanto o Spotify paga em média uS$ 20 por usuário às grava-
doras, o YouTube contribui com apenas uS$ 1 por usuário.
Divulgação